quarta-feira, 19 de maio de 2010

VAI SER SINISTRO!!!

A pressão do Caldeirão em cima do Flamengo

No Santa Laura, torcida, que tem hábito de jogar objetos em campo, fica muito próxima dos jogadores

O estádio lotado com a fanática torcida da Universidad de Chile, em dia de clássico chileno

O estádio lotado com a fanática torcida da Universidad de Chile, em dia de clássico chileno (Crédito: La Tercera)



Mais do que vencer por dois gols de diferença para se classificar, o Flamengo tem outro grande desafio pela frente: o acanhado Santa Laura. Localizado na Comuna Independência (Região Metropolitana de Santiago), o estádio tem capacidade para 22 mil pessoas, mas somente 18 mil ingressos foram vendidos, por motivo de segurança.

O jornalista chileno Ramiro Fuenzalida, do jornal La Tercera, conta que no estádio a pressão é enorme. Segundo ele, da arquibancada dá até para ouvir o diálogo entre os jogadores em campo.

Cuca é outro que comprova a alta temperatura do caldeirão chileno. Então treinador do Fluminense, ele esteve lá no ano passado, quando o Tricolor bateu por 1 a 0 (gol de Fred), o mesmo Universidad de Chile, pela Sul-Americana.

Segundo Cuca, atualmente desempregado, ele e os jogadores tiveram de esperar cerca de 15 minutos em campo para poder deixar o Santa Laura, tal a pressão exercida pelos fanáticos torcedores da La U.

– É um tremendo caldeirão. A torcida fica em cima e joga muitas coisas dentro de campo. Depois do jogo, choveu moeda na cabeça da gente. Aguardamos um pouco os torcedores deixarem o estádio, no meio do campo e aí sim saímos em segurança – lembrou Cuca.

Apesar de acanhado para os padrões atuais, o Santa Laura é conhecido pelos chilenos como o melhor estádio para se ver jogos de futebol no país. Tanto pela acústica como pela proximidade entre os torcedores e o gramado.


– É muito agradável assistir a uma partida no Santa Laura. Tem momentos em que dá até para ouvir o que os jogadores falam em campo. Muitos falam da pressão da torcida, mas não lembro de nenhuma agressão a torcedores visitantes – explicou Ramiro Fuenzalida.

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